Marketing arriscado.
Itaipava.
Cervejaria.
Nova, ambiciosa, que cresce.
Decidiu apostar no GP do Brasil.
Patrocinar apenas o GP do Brasil.
A equipe.
Brawn GP.
De Rubens Barrichello, e Jenson Button.
Equipe que não vinha forte no momento do campeonato.
Mas tinham retrospecto, e são líder e vice-líder do campeonato.
A marca estava em tudo, lateral, traseira aerodinâmica.
Até nos capacetes do pilotos.
O piloto escolhido para estrelar a campanha dentro do carro fora Button.
A cervejaria alerta os riscos de beber e dirigir, ao mesmo tempo que faz similaridades entre a Brawn GP e Itaipava, comparando as duas novidades e seus sucessos.
A agência responsável não quis associar a imagem da cervejaria com a de Rubens Barrichello.
Pois ele é tido como muitos o azarado, o segundo lugar, o vice, o devagar.
Injustamente.
Mas o que chamou a atenção nesta campanha foi outra.
A Itaipava acertou em cheio.
Transmissões do mundo inteiro, e inclusive da Globo, assim como o próprio treino, começaram no horário previsto. E o treino tinha duração prevista, 1h.
Mas...
Chuva.
Começou a chover.
Se não bastasse, começou a chover tanto que prejudicou a pista, a aderência, a segurança dos pilotos.
O treino fora interrompido, havia fiscalizações na pista constantemente. As filmagens foram continuando, filmavam os carros, os pilotos, bastidores.
Os patrocinadores apareciam juntos na onda.
O treino durou 2h40min. 1h40 a mais do que o previsto.
O merchandising nunca fora tão efetivo.
As emissoras de TV atrasaram sua programação para mostrar o Treino. Na Globo, Galvão Bueno, Reginaldo Leme e cia interagiam com o povo brasileiro. O caldeirão do Huck atrasou, e quem pagou caro foi o filme, que não foi exibido, depois do Caldeirão e antes da novela.
Além de durar 2h40, virou notícia no mundo, o fato de ter durado esse tempo, da chuva forte no Brasil.
Mais do que isso. Existe um cara na fórmula 1 que dirige na chuva como poucos.
Rubens Barrichello.
Amante de velocidade, e de uma chuva.
Tem uma performance excepcional quando chove na pista.
Não foi diferente.
Rubinho foi pole. Deu entrevista, virou o foco da transmissão durante um tempo, com a Itaipava na cabeça, vibrando ao lado do carro.
Button, pelo contrário, sai em décimo quarto, outro motivo para virar notícia.
Ele não se deu bem com a chuva.
Dizia : "I can't do nothing"
O campeonato sofreu uma volta, um título certo no Brasil talvez se reduza a meros 4,5,6 pontos na última corrida, e uma quebra será fatal.
A Itaipava, acertadamente, já fez uma ótima escolha de campanha. Exibiu 3 treinos de uma só vez, e foi pole.
Se Rubinho vencer a corrida será a campanha perfeita.
Mas há um risco.
E isso é Marketing de Risco.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário