Visanet.
A maior rede de pagamentos do Brasil.
Possuia contrato de exclusividade com Visa, daí o nome Visanet.
Mas o contrato acabará, por determinação federal, e todas as máquinas, como a Redecard, poderão aceitá-la.
O nome perdeu seu sentido, e necessitava uma mudança, um novo posicionamento no mercado.
A Visanet irá se tornar multibandeira. Amex, Mastercard, etc.
As disputas e contratos estratégicos acabou. A guerra será de todos.
A Visanet, assim como sua principal concorrente, a redecard, tem feito propaganda na TV aberta.
Mas, com uma diferença.
O nome.
Ele mudou, não é mais Visanet.
Havia esta necessidade, pois a Redecard entrou forte, e com um slogan cativante.
"A máquina mais democrática.."
O nome da visanet virou Cielo. O nome significa céu, em espanhol e italiano.
Mas a sacada do departamento de marketing é óbvia que não é essa.
As pessoas não sabem e não saberão que Cielo é céu tanto em italiano como em espanhol.
Tem outras coincidência.
A cor da nova marca é azul. E azul é a cor das piscinas de natação.
E o nome Cielo, é o sobrenome do maior nome de todos os tempos da história brasileira na natação.
César Cielo, o "Césão".
Ouro nos 50 metros e bronze nos 100 metros, nas Olimpíadas de Pequim, em 2008.
No Mundial de Roma, em 2009, garantiu o Recorde Mundial, além do ouro nos 50 e 100 metros livres.
Um feito inédito. A motivação de Cielo é sensacional.
Treina em Auburn, nos EUA, durante 6 meses, apenas com o treinador e outros nadadores de ponta também.
Isolado.
Da família, de amigos, do mundo.
É treinar e treinar. E ele faz isso porque sabe que é a única de maneira de se manter no topo.
No topo que eu digo, é no topo do pódio. Primeiro.
No Brasil, não há estrutura, capacidade, motivação. Aqui é farra, não há apoio e muito menos seriedade.
Além destes feitos, Cielo é humilde e carismático, tudo que uma marca precisa.
Será o garoto propaganda da nova marca.
O novo nome Visanet, com as propagandas de Cielo, será associado fortemente ao ídolo da natação.
Aí é que está o problema.
Será que o pessoal da Visanet acertou em arriscar o início do posicionamento da marca atrelado a Cielo?
César Cielo ainda não teve um prejuízo em sua imagem. Mas ainda é novo, e um deslize é fatal.
Um deslize pessoal, é depressão, é perder patrocinadores pessoais, pessoas desacreditarem em todo o seu trabalho.
Michael Phelps, o maior fenômeno da história da natação mundial, foi flagrado em uma festa de universidade consumindo maconha. A imprensa não perdoou, assim como seus patrocinadores. A Kellogs rompeu contrato imediatamente.
É bom senso de todas as pessoas que um ídolo, o melhor do mundo, seja perfeito. Mas ele não era, e apenas uma foto teve um estrago muito maior do que o estrago positivo do feito dele nas olimpíadas de Pequim.
Basta um erro, por mais sutil que seja, de César Cielo, para afetar diretamente a nova marca Cielo, danos irreparáveis.
Tiger Woods, o golfista negro, que atingiu 1 bilhão de prêmios, entre golf e patrocínios, cometeu o primeiro deslize de sua brilhante carreira recentemente.
Bateu um carro em uma árvore, sozinho, em uma história repleta de mistérios.
E o desfecho foi trágico. Ele estava envolvido em uma rede de amantes, que envolviam 10 mulheres.
Há suspeita de overdose.
Ele tem dois filhos pequenos, e uma esposa linda, que abdicou a carreira de atriz para ficar com o astro.
Pelos filhos, a esposa não pediu divórcio e foi clara, o golf ou eu.
Ele parará temporariamente com o Golf.
O que acontecerá com César Cielo, e consequentemente, com a nova visanet, a marca Cielo???
Apenas uma certeza: um deslize, do atleta ou da marca, causará estragos inimagináveis para a marca Cielo.
O departamento de marketing não pensara nisso.
Muito menos em que Cielo era uma pessoa muito humilde, pobre.
E não sabe o que o sucesso, recordes, DINHEIRO, fazem com essas pessoas, que mudam seu status social e financeiro de um dia para o outro.
Festas, orgias, drogas. É bem por aí.
Resta torcer.
Só o tempo dirá se o marketing acertou ou não.
Triste dilema...
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