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sábado, 12 de dezembro de 2009

Visanet agora é Cielo. O marketing acertou?

Visanet.

A maior rede de pagamentos do Brasil.

Possuia contrato de exclusividade com Visa, daí o nome Visanet.

Mas o contrato acabará, por determinação federal, e todas as máquinas, como a Redecard, poderão aceitá-la.

O nome perdeu seu sentido, e necessitava uma mudança, um novo posicionamento no mercado.

A Visanet irá se tornar multibandeira. Amex, Mastercard, etc.

As disputas e contratos estratégicos acabou. A guerra será de todos.

A Visanet, assim como sua principal concorrente, a redecard, tem feito propaganda na TV aberta.

Mas, com uma diferença.

O nome.

Ele mudou, não é mais Visanet.

Havia esta necessidade, pois a Redecard entrou forte, e com um slogan cativante.

"A máquina mais democrática.."

O nome da visanet virou Cielo. O nome significa céu, em espanhol e italiano.

Mas a sacada do departamento de marketing é óbvia que não é essa.

As pessoas não sabem e não saberão que Cielo é céu tanto em italiano como em espanhol.

Tem outras coincidência.

A cor da nova marca é azul. E azul é a cor das piscinas de natação.

E o nome Cielo, é o sobrenome do maior nome de todos os tempos da história brasileira na natação.

César Cielo, o "Césão".

Ouro nos 50 metros e bronze nos 100 metros, nas Olimpíadas de Pequim, em 2008.

No Mundial de Roma, em 2009, garantiu o Recorde Mundial, além do ouro nos 50 e 100 metros livres.

Um feito inédito. A motivação de Cielo é sensacional.

Treina em Auburn, nos EUA, durante 6 meses, apenas com o treinador e outros nadadores de ponta também.

Isolado.

Da família, de amigos, do mundo.

É treinar e treinar. E ele faz isso porque sabe que é a única de maneira de se manter no topo.

No topo que eu digo, é no topo do pódio. Primeiro.

No Brasil, não há estrutura, capacidade, motivação. Aqui é farra, não há apoio e muito menos seriedade.

Além destes feitos, Cielo é humilde e carismático, tudo que uma marca precisa.

Será o garoto propaganda da nova marca.

O novo nome Visanet, com as propagandas de Cielo, será associado fortemente ao ídolo da natação.

Aí é que está o problema.

Será que o pessoal da Visanet acertou em arriscar o início do posicionamento da marca atrelado a Cielo?

César Cielo ainda não teve um prejuízo em sua imagem. Mas ainda é novo, e um deslize é fatal.

Um deslize pessoal, é depressão, é perder patrocinadores pessoais, pessoas desacreditarem em todo o seu trabalho.

Michael Phelps, o maior fenômeno da história da natação mundial, foi flagrado em uma festa de universidade consumindo maconha. A imprensa não perdoou, assim como seus patrocinadores. A Kellogs rompeu contrato imediatamente.

É bom senso de todas as pessoas que um ídolo, o melhor do mundo, seja perfeito. Mas ele não era, e apenas uma foto teve um estrago muito maior do que o estrago positivo do feito dele nas olimpíadas de Pequim.

Basta um erro, por mais sutil que seja, de César Cielo, para afetar diretamente a nova marca Cielo, danos irreparáveis.

Tiger Woods, o golfista negro, que atingiu 1 bilhão de prêmios, entre golf e patrocínios, cometeu o primeiro deslize de sua brilhante carreira recentemente.

Bateu um carro em uma árvore, sozinho, em uma história repleta de mistérios.

E o desfecho foi trágico. Ele estava envolvido em uma rede de amantes, que envolviam 10 mulheres.

Há suspeita de overdose.

Ele tem dois filhos pequenos, e uma esposa linda, que abdicou a carreira de atriz para ficar com o astro.

Pelos filhos, a esposa não pediu divórcio e foi clara, o golf ou eu.

Ele parará temporariamente com o Golf.

O que acontecerá com César Cielo, e consequentemente, com a nova visanet, a marca Cielo???

Apenas uma certeza: um deslize, do atleta ou da marca, causará estragos inimagináveis para a marca Cielo.

O departamento de marketing não pensara nisso.

Muito menos em que Cielo era uma pessoa muito humilde, pobre.

E não sabe o que o sucesso, recordes, DINHEIRO, fazem com essas pessoas, que mudam seu status social e financeiro de um dia para o outro.

Festas, orgias, drogas. É bem por aí.

Resta torcer.

Só o tempo dirá se o marketing acertou ou não.

Triste dilema...

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