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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Hypermarcas está mudando seu DNA.

A Hypermarcas, do João Alves de Queiroz - o Júnior - está se desfazendo de alguns de seus ativos.

Isso porque a empresa, desenfreadamente, comprou vários ativos e várias empresas. Sem muita estratégia, comprou para expandir. Pulou a parte de desenvolver.

Ela levantou a marca Assolan, com propagandas criativas, enquanto o Bombril ficava quieto.. E várias outras situações parecidas. Entrou em diversos setores, obteve resultados significativos.

Mas uma hora isso iria parar, os resultados iriam demorar para surgir, e a cobrança chegaria.

É hora de pulverizar, de focar.

A empresa mostrou que não estava de brincadeira, quando comprou a Neo Química genéricos por 1,3 bi. E depois, o laboratório Mantecorp, por 2,5 bilhões. E antes, a empresa já havia gasto mais 2 bilhões em aquisições em empresas do ramo.

Isso definitivamente levou a empresa a definir seu foco para o setor de medicamentos, higiene e beleza. Não há como uma empresa ter produtos tão distantes... de esmalte a molho de tomate. Seu lucro foi pequeno.

Suas ações estão desabando.

A saída encontrada: a venda de alguns ativos, como assolan, etti salsaretti. As baixas margens ajudam a empresa a reforçar a necessidade de vender os ativos poucos usados. Já não há propagandas intensas de Assolan, e nem da Etti. O orçamento de marketing foi possivelmente bem reduzido.

Enquanto isso, o Neo Química genéricos, Bozzano, Avanço, estão estampados em vários times brasileiros (e atletas). É o foco definido.

Hoje, o setor de medicamentos, higiene, e beleza representam mais de 90% da receita da Hypermarcas.

Eles estão certos, não adianta. Tem que se especializar em setores. Gerar sinergia, reduzir custos, aumentar o mix de marketing.. Quem muito quer, nada tem.

E lembrar que esse império de bilhões começou com a venda da Arisco para a BestFoods, por 700 milhões de reais!

E que começou com a marca de lã de aço Assolan, que pasmém, hoje está a venda!

E que a empresa começou a mudar seu DNA, seu modelo de negócios.

De ser a que mais fez aquisições, que dizia "comprar e integrar é rotina", que comprava para crescer em diversos segmentos, para agora buscar a sinergia. E vender ativos para crescer, para se especializar no que mais dá dinheiro ou no que ela mais possui de produtos.

A Unilever já seguiu esse mesmo caminho de especialização, ao vender sua marca de batatas Pringles (a única que restava) e sair do setor de alimentos..

Sorte a Hypermarcas.. E aos investidores, porque a HYPE3 está apanhando muito na bolsa esse ano!

Já dizia um dito antigo: "um dia da caça, outro do caçador".

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